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No dia 08 de junho, às 14 horas, foi realizado o II Fórum de Debate do CTN-RJ “Estratégias e Instrumentos para a Inovação: Casos de Sucesso, Oportunidades e Desafios no setor marítimo”. O Webinar contou com exposições do Sr. Rafael Coelho (Tidewise), Prof. Leone Andrade (Senai-Cimatech) e Sr. Maurício Syrio (Finep), além da moderação do Prof. Nival Nunes (PPGEM-EGN). O diretor-presidente do CTN-RJ Walter Lucas da Silva abriu o webinar abordando o lançamento do Guia de Oportunidades de Fomento para Inovação e a publicação da aba de Inovação.

A primeira apresentação foi feita pela Sr. Rafael Coelho, diretor da Tidewise, que apresentou o trabalho tecnológico desenvolvido pela empresa para habilitar operações remotas, que apresentam um melhor custo e menor impacto ambiental. O engenheiro destacou o projeto de embarcações autônomas USV W Tupan, cuja função inclui a coleta de dados e monitoramentos ambientais e oceanográficos. A embarcação também contribui para o levantamento hidrográfico, contando com um sistema ativo anti-jogo que diminui os movimentos da embarcação, tornando a captação mais limpa. Seus sistemas incluem a utilização de drones, além das embarcações autônomas, para melhor monitoramento e obtenção de dados. Ademais, a TideWise também desenvolve algoritmos de inteligência artificial para leitura de calado, o que serve de alternativa para a operação manual que é mais custosa e arriscada.

Em seguida, a apresentação do Prof. Leone Andrade, diretor de tecnologia do Senai-Cimatech, apresentou o projeto Flatfish, que surgiu a partir de uma demanda por inspeções submarinas em um cenário de logística muito cara e demorada. A intenção do projeto era de criar um veículo subaquático autônomo residente, capaz de fazer inspeções submarinas sem barco de apoio, possibilitando monitoramento frequente, inspeções mais rápidas e intervenções mais ágeis. Dentre os desafios encontrados na fase inicial, Leone destacou (i) a falta de referência para design e construção de um veículo especializado em inspeções submarinas; (ii) o desenvolvimento de algoritmos complexos; e (iii) a necessidade de um programa de formação de pesquisadores em robótica subaquática aplicada em paralelo ao projeto.

O projeto foi testado em tanques na Alemanha, e a SAIPEM foi responsável pela industrialização do Flatfish, com técnicos da empresa no Brasil durante 90 dias para estudar o projeto. O Flatfish em sua versão final tem o dobro do tamanho e mais de dez vezes o peso inicial, O que se deu para poder se estabilizar mais facilmente em correntes mais forte e armazenar mais bateria. O projeto conta com um cronograma de teste até o segundo trimestre de 2022.

Por último, o Sr. Maurício Syrio, superintendente de inovação da FINEP, apresentou o trabalho de apoio à inovação tecnológica oferecido pela organização. A Finep oferece financiamentos não-reembolsáveis para centros de pesquisas e universidades, além de subvenção econômica e outros instrumentos para diferentes portes de empresas. Suas principais fontes de recursos seriam órgãos e instituições nacionais como FNDCT, FNS e ANP, além de fontes internacionais como o BID. Maurício destacou que a Subvenção econômica é o mecanismo mais utilizado no mundo, e o mais adequado para o apoio a inovações disruptivas, sendo a Finep a única agência que opera esse instrumento a empresas no Brasil. 90% dos projetos contemplados em 2020 têm parcerias com ICTs.

Para mais detalhes, é possível assistir o vídeo no link https://youtu.be/v1mKM9hCvw0