Aniversário de 4 anos do Cluster Naval.

Ao longo dos anos, o Brasil e a Marinha vem adotando ações para o fortalecimento da Mentalidade Marítima, através da adoção de matrizes político-estratégicas e econômicas, que visam sinergias produtivas de amplo leque de conhecimentos e atividades.

Nesse contexto, é oportuno relembrar que o Almirante de Esquadra Roberto de Guimarães Carvalho, como Comandante da Marinha, ao empregar a expressão “Amazônia Azul”, além de possibilitar a reunião de um conjunto de ações de Mentalidade Marítima, também contribuiu para um maior envolvimento da sociedade brasileira em assuntos marítimos.

Como balizas para a implantação das ações mencionadas, a Amazônia Azul, como matriz de desenvolvimento nacional, passa a ser caracterizada nas vertentes: “Soberania Nacional”, “Preservação Ambiental”, “Ciência, Tecnologia e Inovação” e “Economia”.

A academia consolida a “Amazônia Azul” como um conceito político-estratégico, onde tem relevância à análise da Oceanopolítica, como orientação de projeção do poder do estado nos espaços oceânicos; ultrapassando, assim, as limitações impostas por fronteiras terrestres. A matriz “Amazônia Azul” alcança distantes espaços oceânicos, impondo novos desafios. Também fica evidente a necessidade de apoiar e fortalecer o protagonismo da sociedade brasileira nos assuntos marítimos.

Em mais uma etapa da navegação, a Marinha do Brasil divulga o Plano Estratégico 2040, incluindo ação estratégica à criação de Cluster Marítimos (Arranjos Produtivos), identificando diretrizes na Escola de Sagres e em Clusters Marítimos da União Europeia.

Assim, em 13 de novembro de 2019, temos início do Cluster Tecnológico Naval do Rio de Janeiro, data próxima ao dia da Amazônia Azul, 16 de novembro.

Embora enfrentado mares tempestuosos e as sérias adversidades decorrentes da pandemia de Covid, o Cluster atinge 1460 dias de mar (quatro anos) contando com 90 Empresas e cerca de 20 Instituições, com crescente participação na economia nacional, tanto no planejamento ou execução e coordenação de projetos complexos. As empresas e instituições do Cluster também contribuem em aportes de conhecimentos junto aos poderes federal, estadual e municipal, e em interações com outros segmentos das atividades da economia e academia, atendendo conceitos do “Tríplice Hélice”.

No “Diário de Bordo”, constatamos que as diretrizes de “Sagres” vem sendo inseridas no Cluster Tecnológico Naval do Rio de Janeiro.

As sinergias provocam círculos virtuosos, onde a meta sempre será a busca da vitória coletiva.

Por fim, agradecemos a confiança das Empresas e Instituições, do Conselho de Administração e Conselhos Consultivos e, especialmente, das Empresas fundadoras: Amazônia Azul Tecnologias de Defesa, Condor Tecnologias Não Letais, Empresa Gerencial de Projetos Navais e Nuclebras Equipamentos Pesados S/A.

Bons ventos, mares tranquilos e continuados êxitos ao Cluster Tecnológico Naval do Rio de Janeiro.